Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e
achou a idéia totalmente absurda. “Ela pensa que impondo condições
assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o
divórcio” – disse Jane em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito
tempo, então, quando eu a carreguei para fora da casa, no primeiro dia,
foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo “O papai está
carregando a mamãe no colo!” Suas palavras me causaram
constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada
da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no
colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho “Não conte para o nosso filho
sobre o divórcio” Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a
coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.
No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu
peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que
há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha
envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito
impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para
ela estar neste estado.
No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior
com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a
mim.
No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a
cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez
meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela
experimentou uma série deles, mas não conseguia achar um que servisse.
Com um suspiro, ela disse “Todos os meus vestidos estão grandes para
mim”. Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a
facilidade em carregá-la nos últimos dias.
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso… ela carrega
tanta dor e tristeza em seu coração….. Instintivamente, eu estiquei o
braço e toquei seus cabelos.
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse “Pai, está na hora
de você carregar a mamãe”. Para ele, ver seu pai carregando sua mãe
todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou
nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que
estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus
braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa.
Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.
Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a
segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas
pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando
estas palavras: “Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com
o tempo”.
Eu não consegui dirigir para o trabalho… fui até o meu novo futuro
endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia… Subi
as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a
ela “Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar”.
Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa “Você está
com febre?” Eu tirei sua mão da minha testa e repeti.” Desculpe, Jane.
Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não
soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa
no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a
morte nos separe”.
A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a
porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei
para o carro e fui trabalhar.
Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê
de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria
de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: “Eu te carregarei em meus
braços todas as manhãs até que a morte nos separe”.
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e
um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde
encontrei minha esposa deitada na cama – morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses,
mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo
errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso
filho dos efeitos de um divórcio – e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã.
Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.
Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num
relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no
banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não
proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser
amigo de sua esposa, do seu marido, façam pequenas coisas um para o
outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e
feliz!
Um casamento centrado em Cristo é um casamento que dura uma vida toda.
(Recebi o texto acima, por e-mail. Não sei quem escreveu. Acho,
também, que pouco importa se é um relato real ou fictício. Por isso
resolvi publicar aqui. Se salvar do divórcio um casamento fragilizado,
terá valido a pena).
Fonte: http://novotempo.com/amiltonmenezes/2010/08/30/esta-pensando-em-divorciar-leia-esse-texto-antes/
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