Pessoal,
Segue
entrevista com o cantor Leonardo Gonçalves a respeito do lançamento do CD
"princípio e fim" (Sim! com letras minúsculas mesmo). Vale ressaltar
que estamos neste momento com uma grande campanha de promoção e divulgação
deste projeto que é um 'divisor de águas' no que denominamos como música gospel
produzida no nosso país. Este é um projeto com alta qualidade, mas longe de ser
algo distante do gosto popular. Leonardo Gonçalves conseguiu em "princípio
e fim" uma sinergia perfeita entre o popular e a sofisticação! O cantor
estará realizando diversas ações promocionais e em breve estaremos realizando
pocket shows no Rio e São Paulo, além de algumas praças pelo país. Confira a
entrevista a seguir e, se possível, publique em seu site ou revista.
01 – Neste momento você está na fase final de
preparação do seu novo álbum, "princípio e fim", que será lançado em
abril pela Sony Music. O que o público pode esperar desse trabalho?
No fundo, eu continuo seguindo os
mesmos princípios nos quais baseei os CDs "poemas e canções" (2002) e
"viver e cantar" (2007). A grande diferença é que se passaram, já, 10
e 5 anos, respectivamente. Eu acredito que um trabalho musical acaba por
representar a vida de alguém e se nos primeiros cds eu tinha 22 e 27 anos de
idade, agora eu tenho 32 e já sou um homem casado, rs…! Minha vida
–com D-S– é a "inspiração-mor" do meu trabalho; ou seja:
tudo o que afeta minha vida, também afeta minha música.
Num sentido menos abstrato, ainda
temos estilos musicais variados, como nos primeiros 2 CDs, mas acho que temos,
em "princípio e fim" um álbum ao todo mais coeso… Tanto no
conteúdo quanto musicalmente, também.
02 – Fale-nos mais do repertório, do processo de produção,
das composições … enfim, conte-nos mais sobre o projeto.
O repertório todo gira em torno de
um assunto apenas: o Reino de D-S. Mas existem duas manifestações deste Reino:
um, agora, e outro, vindouro, eterno, que será estabelecido quando D-S restaurar
esta terra. Normalmente as pessoas focam em apenas um destes dois aspectos,
deixando o outro de lado. Minha tentativa, neste trabalho, foi de considerar um
tanto quanto o outro.
Os compositores deste CD são minha
esposa Daniela Araújo (com duas canções), Tiago Arrais (também com duas
canções), Felipe Valente (com duas canções) e o resto foi composto por mim, com
parcerias com Rafael Brito e Samuel Silva. Excluindo a pré-produção, a produção
deste álbum durou exatamente 11 meses e passou por fases bem curiosas: gravei
todas as baterias, exceto uma, em Nashville, TN, nos Estados Unidos com Dan
Needham, sem nunca pisar nos EUA; enviava as sessões pra ele pela internet (via
FTP) e acompanhava a gravação pelo skype. Quando ele terminava de gravar, enviava
um mp3 pra eu poder conferir se estava tudo como eu queria. Caso não, ele
refazia alguma parte, até chegarmos a uma versão final. A outra bateria foi
gravada por Marvin McQuitty (ex-baterista de Fred Hammond). As cordas foram
gravadas no Dvórak Hall que é um auditório/estúdio do teatro Rudolfinum, no
coração de Praga, na República Tcheca. A acústica e o projeto acústico são
incríveis e o teatro é de 1885. Gravamos com um time de 60 cordas (32 violinos,
10 violas, 10 celli e 8 contra-baixos). Aqui no Brasil gravamos também nos
melhores estúdios e com os melhores músicos aos quais tínhamos acesso… A
mixagem ficou por conta de Fernando Menezes do estúdio Gothan (o mesmo que
mixou o cd "Daniela Araújo") e a masterização ficou por conta de Tony
Cousins do Metropolis Mastering (que tem Adele e Peter Gabriel em seu
currículo).
03 – Suas produções são bastante elaboradas e neste
trabalho você seguiu esta mesma linha. Pelo que apuramos, o CD sairia no fim de
2011 e agora está previsto para março. A gravadora soube lidar bem com sua
forma de trabalhar valorizando bastante cada etapa?
É verdade que eu nunca fui muito
bom com prazos, rs… Outra verdade é que sempre deixei claro para todos
que eu não valorizo nada acima da minha liberdade de expressão artística e religiosa.
Também sou conhecido por dar sempre o meu melhor em tudo o que faço, tanto em
energia, como também nos recursos… enfim, em todos os sentidos! Jamais
poderia esperar tanta compreensão por parte de uma gravadora multinacional como
a que eu recebi da Sony Music. Não foi fácil ter que, em pelo menos 3 ocasiões
diferentes, pedir um adiamento da minha data de lançamento, mas todas as
reuniões que tive foram num clima amigável… Só Mauricio, mesmo, pra ser
compreensivo ao ponto de dar risada dos meus atrasos! De maneira alguma quero
diminuir a seriedade do que é não cumprir prazos, mas parece que nem precisava
explicar para a gravadora que o que eu estava fazendo era para o bem do
projeto, acima de qualquer coisa. Outra coisa que me surpreendeu foi a liberdade
musical e de conteúdo que eu tive. Sei que muitas pessoas acham que quando você
vai para uma Major eles querem
controlar o que você vai cantar, vestir, dizer, etc., mas a minha experiência
foi o contrário. Nunca fiquei tão à vontade para colocar num CD exatamente o
que D-S tem me tocado a colocar, no formato exato em que sinto que devo
fazê-lo. Mas ao mesmo tempo nunca me senti tão apoiado e valorizado nas minhas
decisões musicais.
04 – Você é considerado um dos mais criativos,
diferenciados e talentosos artistas da nova geração de música cristã. Quais são
suas maiores referências artísticas?
Eu ouço um pouco de tudo. Desde
música renascentista (meu primeiro instrumento é Viola da Gamba) até o que tem
de mais moderno que me apresentam. Mas a grande maioria das minhas
referências, especialmente de música cristã, são internacionais. Cindy Morgan,
Fred Hammond e Take 6 são os mais tradicionais, mas recentemente a Lisa Gungor,
Future of Forestry e Leeland também estão fazendo parte da "trilha sonora
da minha vida". No fundo, admiro qualquer cantor/músico/artista que dá
100% sempre e não se contenta em apenas repetir fórmulas de sucesso. Que ousa
se reinventar e arrisca tudo para se manter sincero e verdadeiro e,
principalmente, relevante.
Acho que por isto gosto de tantos estilos diferentes, porque é mais a qualidade
do que o gênero, mais o esforço do que qualquer outra coisa que me cativam.
05 – Neste trabalho você se auto-produziu e contou com
alguma ajuda de sua esposa, a também cantora Daniela Araújo. Como foi a
participação e influência dela em seu trabalho?
É como já disse antes. Tudo o que
tem influência sobre minha vida tem também influência sobre minha música e meu
trabalho. Não quero e nem consigo separar uma coisa da outra. A Daniela é um
presente de D-S pra mim. Em todos os sentidos! Ela tem uma visão musical e de
produção que eu não tenho e além de acompanhar toda a produção do cd, desde a
escolha do repertório e pré-produção, ela assina a produção de duas faixas,
também (as duas músicas que ela compôs). Atribuo praticamente todo o meu
crescimento musical do "viver e cantar" para o "princípio e
fim" à minha convivência com ela e ao trabalho que pude acompanhar da
produção do cd dela (que ela assinou, também). É incrível porque ela presta
atenção e entende de coisas a respeito das quais eu não tinha sequer parado
para pensar antes de conhecê-la e vice-versa. É um casamento e tanto, em
múltiplos sentidos, rs.! E além de tudo isto ela ainda me deu o presente de
participar cantando comigo na faixa de trabalho. Talvez o mais engraçado é que
as minhas 3 músicas prediletas deste CD são as duas que ela compôs e a que ela
cantou comigo, rs.! Será que é porque eu a amo, rsrsrs…?!
06 – Pelas primeiras impressões, em Princípio e Fim
você traz uma roupagem levemente mais pop para o conjunto da obra. Tem um pouco
de black music, world music, MPB e no fim, você mantém sua principal
característica que é interpretar canções com muita sofisticação. Você considera
este trabalho como sua fase mais madura artisticamente falando?
Meu pastor Edson Nunes estava
falando isso pra mim ontem, ainda… Não sei se eu tenho objetividade o
suficiente para fazer uma avaliação destas, mas entre meus trabalhos em
Português, todos que já escutaram "princípio e fim" são unânimes em
dizer que este se destaca –e muito!– em relação aos anteriores. É
um trabalho mais coeso, tanto teologicamente quanto musicalmente. E em termos
de produção, também aprendi a não cometer muitos dos erros que cometi antes,
também… Especialmente por não querer fazer 2 ou 3 discos em um só (como
foi o caso de "viver e cantar"), rsrsrs…! Mas o CD em hebraico
"Avinu Malkenu" pra sempre terá um lugar especial e separado no meu
coração.
07 – Este CD teve parte gravado no Brasil, outra parte
na Europa e ainda, foi masterizado em Londres. Como se deu todo esse processo
de gravação? O quanto de benefício trouxe para o resultado final do projeto
todas estas influências?
Quando as pessoas ouvem falar que
a gente gravou este CD em 3 continentes diferentes, eles pensam que a gente é
maluco, rs.! Mas na verdade é a busca incessante de conseguir viabilizar os
seus sonhos artísticos e de produção. É a arte de tentar caber o melhor que
está ao nosso alcance e o melhor que tem disponível no mundo dentro de um
orçamento muitas vezes limitado. Mas, no fundo, a gente vai atrás do melhor
custo x benefício, mesmo. E pra gravar cordas, isto é Praga. E pra gravar
bateria, isto foi nos EUA. E pra gravar o restante, foi aqui, mesmo…
Talvez a maior –ou única– extravagância da produção foi a
masterização em Londres. Mesmo com o orçamento estourado foi algo que eu
simplesmente decidi fazer. E foi uma das melhores decisões que eu poderia ter
tomado! Nunca vi um CD crescer tanto da mix (que já estava incrível) para a
master. Tony realmente deu um toque especial.
Muitas pessoas dizem que o público
não nota estas diferenças de produção e que para eles, tanto faz. Eu discordo
desta opinião. Eu acho que a gente não deve, jamais, subestimar o público. E
mesmo que, a princípio, não notem algumas destas diferenças, é nosso dever
elevar os seus critérios, educá-los sempre que possível. Mas volto a repetir:
acho que qualquer um nota a diferença entre "strings" de teclado e 60
cordas gravadas em praga. Agora, claro que sonho em um dia gravar 60 cordas em
Londres, mas por enquanto nem o orçamento do CD inteiro seria o suficiente para
isto, rsrsrs…!
08 – Com o lançamento de Princípio e Fim você pretende
dedicar-se em 2012 exclusivamente a divulgar o projeto ou já tem algo a mais em
mente?
Como meu processo de criação é
extremamente lento –demorei 2 anos pra gravar o primeiro, 3 anos para
gravar o segundo e 6 anos pra gravar o terceiro disco– já estou, evidentemente,
pensando em projetos futuros; mas só no nível de pré-produção. 2012 eu vou
dedicar exclusivamente a trabalhar este CD aqui, no Brasil. Sonho com um DVD
pro ano que vem e tenho MUITA vontade de fazer um CD em inglês… Vamos ver
o que a gravadora acha, especialmente desta minha última idéia, rs.!
09 – Você divide uma canção com sua esposa, Daniela
Araújo. Como foi essa participação?
Eu queria que ela cantasse comigo
outra música (que acabou não entrando no cd) e foi ela quem escolheu esta
canção. Pra mim foi algo emocionante, porque desde que a gente se conheceu em
2006 a ligação musical entre nós sempre foi algo muito forte. E poder ter
gravado uma canção tão significativa com ela e esta canção ainda ter se
tornando a faixa título do cd! E está lindo, simplesmente. Nossas vozes se
casaram perfeitamente. O dueto é tudo menos previsível. Só que ainda sensível e
sutil. Eu amo a voz dela, mas nesta música está especialmente linda. É a faixa
que mais me emociona no CD … Por tudo! Desde a melodia, letra,
arranjo… tudo!
10 – A agenda já está aberta para convites? Quais os
seus contatos?
Os contatos são os de sempre!
Thiago Grulha é quem cuida da minha agenda: 11-84086857, mas preferencialmente
via email em agenda.lg7@gmail.com
11 – Aproveite e deixe todos os seus contatos de redes
sociais, sites, twitter.
facebook: www.facebook.com/leonardogoncalves7
twitter: @leonardogoncal7
12 – Uma última mensagem para os nossos leitores.
Jesus Cristo voltará em breve para
restaurar esta terra e estabelecer Seu Reino eterno. Desde agora precisamos
buscar viver o Amor que Ele tem por nós, pelas pessoas que estão à nossa volta,
especialmente os mais necessitados.
Fonte:
Assessoria de Imprensa Sony Music Gospel
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